Adormeço e acordo em sonho.
Rua nublada e escura, música intrigante. Tenho medo, mas acho que é justamente o que quero sentir. Esse desconforto me dá prazer.
Lá há um rapaz. De certo modo o conheço e ele a mim.
Andamos na garoa sem rumo, sem tempo. Olhando um ao outro, as luzes, os fios, as carroças e as pessoas camufladas.
Nos damos as mãos e abrimos o peito, enxergando tudo o que existe dentro.
Não há surpresa. É como Adão e Eva ainda no Paraíso. Um só.
Ao nos separarmos (nos fazermos dois), desperto da viagem onírica.
E meus olhos assustados me delatam.
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