Ela chegou dormindo. Coisa rara de acontecer. O mais freqüente é vê-la toda espevitada, pulando. Ou com um sorriso entre o tímido e o escancarado, escondida atrás das pernas da babá. Gosta de se esconder, de ser procurada. Ultimamente tem tido mania de pedir que lhe façamos cócegas e se contorce toda no nosso colo, rindo e ecoando.
Aquele dia, no entanto, chegou dormindo. Fui preparar um colchão para que descansasse, mas pouco depois de deitar abriu os olhos curiosos. Estava quieta a me observar.
Mantendo o silêncio, me aproximei e ficamos face a face. Fitei aqueles olhos enormes por alguns segundos até sentir, de repente, sua mãozinha no meu rosto.
Foi então que desejei pela primeira vez, com toda a força, me dedicar a crianças pelo resto da vida.
A pedagogia pelo toque, invade o coração...
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