domingo, 20 de novembro de 2011

botões

Se me abrisse com zíper, qual a graça?
Na descoberta não haveria prazer algum.

Olharia para mim como a um quadro pendurado
Em meio a tantos outros
Na sua visita apressada ao museu.

Sem saber o porquê das cores lá pintadas.
De ser tinta a óleo, guache ou de amora pisada.

Não saberia da força com que foram dadas as pinceladas.
Não saberia da escolha do tema.
Não saberia da mudança de rumo.

É na abertura dos botões, um a um,
Que se desvela a beleza.

É preciso demora.
Sim, sim. São necessárias as pausas.

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